segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Regras da Vaquejada


As disputas são entre várias duplas, que montados em seus cavalos perseguem pela pista e tentam derrubar o boi na faixa apropriada para a queda, com dez metros de largura, desenhada na areia da pista com cal. Cada vaqueiro tem uma função: um é o batedor de esteira, o outro é o puxador.

O Batedor de Esteira
É o encarregado de "tanger" o boi para perto do derrubador no momento da disparada dos animais e pegar o rabo do boi e imediatamente passar para o colega, além de empurrar com as pernas do seu cavalo, o boi para dentro da faixa caso o boi tente levantar-se fora da faixa.


O Puxador
É o encarregado de puxar o rabo do boi e de derrubá-lo dentro da faixa apropriada.


O Juiz
O juiz serve como árbitro na disputa entre as duplas e deve ficar ao alto da faixa onde o boi será derrubado. Ao cair na pista, dependendo do local, pontos são somados ou não a dupla.
Se o boi for derrubado dentro da faixa apropriada para esse fim, com as quatro patas para o ar, ele grita para o público: "Valeu Boi", então, soma-se pontos a dupla, se isso não acontecer, ele fala: "Zero", a dupla não consegue somar pontos.
Fonte: Wikipedia

Nos Anos 40...


Sem registros precisos de datas, sabe-se apenas que em meados de 1940 os vaqueiros de várias partes do nordeste começaram a tornar público suas habilidades, na Corrida do Mourão, que começou a ser uma prática popular na região nordeste.


Os coronéis e senhores de engenho passaram a organizar torneios de vaquejadas, onde os participantes eram os vaqueiros, e os patrões faziam apostas entre si, mas ainda não existiam premiações para os campeões. Os coronéis davam apenas um "agrado" para os vaqueiros que venciam. A festa se tornou um bom passatempo para os patrões, suas mulheres e seus filhos.
Após alguns anos, pequenos fazendeiros de várias partes do nordeste começaram a promover um novo tipo de vaquejada, onde os vaqueiros tinham que pagar uma quantia em dinheiro, para ter direito a participar da disputa. O dinheiro era usado para a organização do evento e para premiar os vencedores.

As montarias, que eram formadas basicamente por cavalos nativos daquela região, foram sendo substituídas por animais de melhor linhagem. O chão de terra batida e cascalho, ao qual os peões estavam acostumados a enfrentar, deu lugar a uma superfície de areia, com limites definidos e regulamento. Cada dupla tinha direito a correr três bois. O primeiro boi valia 8 (oito) pontos, o segundo valia 9 (nove) e o terceiro boi correspondia a 10 (dez) pontos. Esses pontos eram somados e no final da vaquejada era feita a contagem de pontos, a dupla que somasse mais pontos era campeã, e recebia um valor em dinheiro. Esse tipo de vaquejada foi e ainda é chamada de "bolão".


Com o tempo, a vaquejada se popularizou de tal forma que existem clubes e associações de vaqueiros em todos os Estados do Nordeste, calendários de eventos e patrocinadores de peso, envolvendo um espírito de competição que agrada a muitos.


Fonte: Wikipedia 

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Corrida de Mourão!


O Rio Grande do Norte é apontado como o estado que deu o primeiro passo para a prática da vaquejada. A cidade de Currais Novos é o berço das vaquejadas, onde a tradição é mantida até os dias atuais. Em Currais Novos todos os finais de semana tem Vaquejada e é muito comum pátios nas fazendas e até mesmo na zona urbana.


O historiador Câmara Cascudo dizia que por volta de 1810 ainda não existia a vaquejada, mas já se tinha conhecimento de uma atividade parecida. Era a derrubada de vara de ferrão, praticada em Portugal e na Espanha, onde o peão utilizava uma vara para pegar o boi. Mas derrubar o boi pelo rabo, a vaquejada tradicional, é puramente nordestina. Na região Serido do Rio Grande do Norte, mais precisamente no município de CURRAIS NOVOS onde tudo começou, era impossível o uso da vara, pois o campo era muito acidentado e a mata muito fechada, e por essa razão tudo indica que foi o vaqueiro seridoense o primeiro a derrubar boi pelo rabo.

Somente em 1874 apareceu o primeiro registro de informação sobre vaquejada. O escritor José de Alencar escreveu a respeito da "puxada de rabo de boi" no Ceará, mas não como sendo algo novo, ele deixou claro que a prática já ocorria anteriormente. E se existia no Ceará, era indiscutível que pudesse existir em estados vizinhos como, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, já que eram regiões tão semelhantes nos hábitos, atividade econômica e social, e ambiente físico. Foi isso que levantou a suspeita dos pesquisadores. Eles descobriram pela tradição falada que muito antes de 1870 já se praticava vaquejada no Seridó Potiguar. Uma indicação para isso era a existência dos currais de apartação de bois, que deram origem ao nome da cidade de CURRAIS NOVOS, também no Rio Grande do Norte. Esses currais foram feitos em 1760. E era entre 1760 e 1790 que acontecia em Currais Novos a apartação e feira de gado. Foram dessas apartações que surgiram as vaquejadas. O pátio de apartação de São Bento, no município de Currais Novos foi construído em 1830.


No Nordeste, desde a colonização, o gado sempre foi criado solto. A coragem e a habilidade dos vaqueiros eram indispensáveis para que se mantivesse o gado junto. O vaqueiro veio tangendo os bois, abrindo estradas e desbravando regiões. Foram eles os grandes desbravadores do sertão nordestino, e muito especialmente do sertão do Seridó, região cheia de contos e lendas de bois e de vaqueiros.

Fonte: Wikipedia

Perfil do Vaqueiro!


   O Vaqueiro é um homem rústico, corajoso e forte como a baraúna, é o trabalhador da caatinga, que vive a enfrentar os seus perigos para cuidar do gado.


Sua lida diária é intensa, montando a cavalo patrulha a fazenda certificando-se da segurança do gado, em terrenos extremos, arrebanhado-o aos currais para a contagem e marcação com ferro quente, que leva a marca do fazendeiro.

Como Tudo Começou!

Antigamente os grandes fazendeiros criavam o gado solto em capoeiras e caatingas, a cada fim de estação,  era organizada o que é conhecido ate hoje como "Pega de Boi". Uma festa onde se reuniam todos os vaqueiros da região para pegar o gado que vivia na solta e que seria marcado a ferro, castrado e conduzido para áreas onde os pastos existiam em maior abundancia. 

                                      

Essa tarefa era difícil. O gado vivia em áreas de mato fechado, cheias de espinhos e galhos secos e alem disso muitos desses animais nunca tinham sido capturados.

                                        

O exercício de capturar o boi no mato exigia do vaqueiro extrema coragem. Para se protegerem dos perigos da caatinga eles utilizavam uma veste de couro de boi, conhecido como gibão e também o chapéu de couro, e uma mascara, para colocar e tampar os olhos do boi, para melhor transporta-lo ate o curral.

        

Sem essa veste o trabalho do vaqueiro ficava muito difícil, pois não tinha como eles entrarem na mata fechada e correrem atras do gado, que ficava em ambientes bem ariscos, cheios de espinhos, xique-xique, favela, jurema entre outros...Por isso a importância desse veste de couro. 

Sejam Bem Vindos!


Bem Vindos todo galera amante de Vaquejada. Estou criando esse Blogger 'O Canal do Vaqueiro' com a intenção de sempre manter a cultura nordestina em alta, trazendo informações sobre vaquejadas, cavalos, bois, musicas entre outros... tudo que estiver ao meu alcance tentarei mostrar nesse espaço. Aqui todas as pessoas que gostam, tanto de assistir como correr boi, se sentiram em casa. Quero mostrar através de imagens, videos e reportagens um pouco da minha cultura, se possível mostrar para todo Brasil e o mundo, os valores do nordeste. 




             

Valeu Boi!!!